Ensino Fundamental – Anos Finais
Como funciona?
Os anos finais do Ensino Fundamental correspondem à transição da infância para o início da adolescência. Assim, os aprendizados escolares ganham novas perspectivas, ao se conectaram com as descobertas da juventude, integradas às novas disciplinas especializadas do segmento.
Os anos finais do Ensino Fundamental, que correspondem ao período entre o 6º e o 9º anos, inauguram uma nova etapa no desenvolvimento dos alunos. A entrada na adolescência é marcada não só por grandes transformações corporais, mas também por mudanças na maneira de pensar e de agir no mundo. O pensamento se amplia em abstração, o que permite a expansão das relações e de buscar novos significados para a realidade. A vivência em grupo assume um lugar de destaque na vida de meninos e meninas na busca de identidade e afirmação. Com a expansão das estruturas cognitivas que acontece neste estágio do processo de aprendizagem, os adolescentes conseguem cada vez mais compreender diferentes pontos de vista, se colocar no lugar do outro, buscar o consenso e rever posições. Nosso papel educativo frente a tantos desafios é o de propiciar aos alunos um ambiente de confiança e de livre expressão, estimulando a reflexão e o diálogo, a responsabilidade em relação a si próprio e aos outros, a atuação solidária e cooperativa, o que promove a consolidação dos valores morais em construção, o desenvolvimento da personalidade, da autonomia e do compromisso social.
Ao longo dos anos finais do Ensino Fundamental, os alunos intensificam e aprofundam os conhecimentos que foram iniciados nos segmentos anteriores. Em outros tempos, a função principal da escola era informar. Hoje, com o excesso de informação disponível e de fácil acesso, necessitamos de pessoas que possam utilizar e aplicar bem o conhecimento que têm ao seu alcance. Para isso, é essencial que a escola ofereça aos alunos momentos para darem sentido à realidade que observam e para articularem adequadamente os diferentes saberes que já trazem consigo mesmos, a fim de ampliarem o seu repertório de conhecimentos. Assim, utilizamos a Pedagogia de Projetos para auxiliar na construção de saberes significativos e aplicados, à medida que os alunos descobrem o uso que podem fazer dos conteúdos, bem como as relações que os estruturam. Cada ano letivo tem um mote pedagógico gerador das ações e do arranjo curricular.
Para a formação de um aluno crítico, autônomo e criativo, não basta apenas um trabalho com conteúdos teóricos. A escola assume também como função o desenvolvimento de outras competências de natureza procedimental e atitudinal. Os conteúdos procedimentais são aqueles que vão promover o “saber fazer”. Já os atitudinais dizem respeito à formação de valores e hábitos que ajudam a construir as bases para uma postura aprimorada de estudante e cidadão. Acreditamos que a aprendizagem se dá através da interação e da troca, promovendo a construção de um saber coletivo e a formação de um ser humano mais ético e vinculado ao grupo social do qual faz parte. O currículo dos anos finais do Ensino Fundamental é composto por Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Educação Física, Inglês, Arte, Música Brasileira, Teatro, Oficina Maker, Linguagem Digital e Iniciação Científica. No 9º ano, para gerar interface gradativa às exigências do Ensino Médio, que se aproxima, há uma ampliação na carga horária uma vez por semana, além de apresentarmos um primeiro aprofundamento nos conhecimentos específicos de Física, Química e Biologia, mantendo as oficinas de formação global dos alunos. Por fim, como ações de protagonismo juvenil no segmento, temos Projeto de Vida, Projetos Literários, Olimpíadas esportivas e de conhecimento acadêmico, Liga de Futsal, Liga de Basquete, Liga de Vôlei, Musical e Sarau.
A avaliação do processo de ensino e aprendizagem nos anos finais do Ensino Fundamental inclui um conjunto de ações que têm a função de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Para isso, a avaliação acontece de forma contínua e sistemática e representa um apoio permanente ao desenvolvimento dos estudantes. Neste processo, o aluno é convidado a refletir tanto sobre os conhecimentos já construídos, como também sobre como aprendeu, através de exercícios de autoavaliação. A cada trimestre o aluno é submetido a pelo menos duas avaliações formais. Os resultados são expressos em conceitos (A, B, C, D e E) e, para aprovação, é necessário obter, no mínimo, conceito final C, além de 75% de frequência.
A escola oferece atividades pedagógicas extras, sem custo adicional às famílias, para a Melhoria de Aproveitamento Pedagógico (MAP), quando identificada pelo docente uma necessidade extraordinária de ajuda aos alunos. Para esta atividade, é preparado um material específico denominado Estudo Dirigido, retomando os conteúdos sobre os quais ainda se notam lacunas. Desta forma, a recuperação ocorre de forma paralela e significativa, evitando o acúmulo de dúvidas e de conceitos não aprendidos.
